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OPINIÃO: Consciência cidadã


Tenho participado de palestras e bate-papos referentes ao incentivo social, recursos da sociedade civil que podem ser revertidos a projetos de diferentes áreas em benefício de toda uma população. Tais recursos são provenientes dos impostos devidos, principalmente o Imposto de Renda. Em Santa Maria, por exemplo, mandamos para o governo federal milhões, sim, milhões que poderiam ficar na cidade para contribuir com questões importantes para todos nós, cuidado com nossas crianças para que possam crescer com dignidade, longe da violência, para que não se transformem em atores desta mesma violência; cuidados com nossos vovozinhos e vovozinhas, entre outras.

Tudo isso por meio dos projetos desenvolvidos pelo Terceiro Setor, as associações, ONGs que cadastradas aos seus respectivos conselhos são autorizadas a buscar esses recursos junto às pessoas físicas e jurídicas. É uma renúncia fiscal do governo em favor de setores como a cultura, esporte, criança, idoso e outros. Ou seja, quero dizer que poderíamos fazer muito mais do que fazemos. Ações sociais, culturais, esportivas tiram crianças, adolescentes e jovens da rua, diminuem a violência, melhoram a educação, proporcionam vida digna em lares de idosos.

Não estamos em condições de abrir mão desses recursos em favor do governo federal. Nossa cidade poderia ter muitas ações em desenvolvimento se a sociedade tivesse outro olhar e abraçasse para si uma responsabilidade que é de todos, não somente dos governantes. Todas as pessoas físicas que declaram seu Imposto de Renda pelo modelo completo podem doar até 6% para projetos sociais. Todas as empresas tributadas pelo Lucro Real podem usar aproximadamente 8% em ações que envolvem a comunidade. Por que não fazemos? Por que preferimos abrir mão de um recurso precioso, que poderia ajudar tanto nossa comunidade?

Fico pensando quantas ações como as do Orquestrando Arte, da Royale e tantas outras instituições poderiam ser alavancadas, ampliadas com este recurso, melhorando a vida de todos nós. Sim, todos. Vivemos todos aqui, precisamos abraçar nossa cota de responsabilidade para um mundo melhor. Claro que é mais fácil ficar sentado num banco com lixo ao redor e reclamar dos terceiros do que se abaixar e limpar a nossa volta pelo menos. Precisamos com urgência mudar nosso olhar. Quantos lares que sobrevivem com dificuldades para cuidar e dar uma vida digna aos idosos poderiam ter sua manutenção garantida com esses recursos?

A mudança que todos nós queremos não começa de cima. Vem de baixo, da população, da sociedade civil organizada. Temos tantos exemplos pelo mundo, aliás, por perto também. Você pode ajudar, não cruze os braços. Não feche os olhos. O custo de nossa inércia está alto para todos. A vida fica melhor com solidariedade, compaixão, atitude. Sempre.

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